segunda-feira, 22 de julho de 2013

Resenha: A Marca de Atena


A Marca de Atena, de Rick Riordan.
Ano: 2012 (EUA)/2013 (Brasil)
Editora: Intríseca
Sinopse: Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy - após seis meses afastados por culpa de Hera -, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável.Os problemas de Annabeth não param por aí - ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte. O que mais Atena poderia querer dela?


Eu fiz essa resenha só porque deu vontade mesmo. Eu li esse livro bem recentemente, uns dias atrás, apesar de todo mundo já ter lido e relido e a continuação dele estar quase pra sair, já. Bem, se vocês gostarem ou não, sintam-se livres pra comentar ali em baixo, pela conta do Google, do Facebook, ou em anônimo, caso queiram revelar algo polêmico (garanto que vai ser bem vindo). Então aí vai.

Confesso que nos primeiros capítulos eu não sabia bem o que esperar. Claro que tinha uma profecia guiando eles, mas eu sabia que qualquer coisa podia acontecer. No primeiro momento eu estranhei um pouco os personagens, pelo tempo que eu não tinha contato com eles, mas também porque a cada livro eles vão mudando. A Annabeth esquecendo de tudo e de todos, da tensão da chegada ao acampamento Júpiter pra babar no corpo do Percy, o qual ela faz questão de descrever bem, me deixou encabulado.  Mas ela vai ter os méritos também.
"Annabeth sabia algo sobre ser orgulhosa. Esta era sua falha fatal também."
Nesse livro, os casais funcionam da seguinte forma: Percy & Annabeth, Jason & Piper, Hazel & Frank, Leo. O sétimo. O sem par. O que nunca vai poder ser como os outros, como ele é bastante tentado a acreditar. Mas nós vemos um grande esforço dos personagens para terem uma união. Não é só a vida deles que está dependendo de cada um dos outros seis, é o mundo todo, a continuação da existência da ordem no Universo.

Leo foi um personagem que eu não sabia que me identificava tanto. O mistério da relação dele com Hazel finalmente foi revelado e eu achei muito interessante. Dos 7 da profecia acho que ele foi quem teve a vida mais manipulada pela Hera/Juno. Quer dizer, manipular gerações e gerações... O preço que ela vai pagar deve ser horrível. Mas eu gostei mais ainda do Leo nesse livro. O cara chega a criar o #TeamLeo. Ah, todo mundo gosta do Bad Boy Supremo, mas o que eu não tinha percebido foi como ele fica exposto, seja pra salvar os amigos ou o navio, seja pela confusão que ele sente por dentro. E pra piorar a culpa que ele sente, ainda mais coisas começam a acontecer e tudo fica nas costas dele.
"Leo não tem a intenção de ser mau, ele só tem uma boca grande."
Outra grande revelação do livro foi a Annabeth. Eu sempre admirei ela antes, mas agora a antiga Annabeth parece que morreu. Esqueçam a menininha que aparecia com informações úteis sobre os monstros e ajudava o Percy a matar eles, e todo mundo vivia feliz. Não; coisas muito mais antigas estão despertando. Ela tem a coragem de encarar uma parte vital da profecia dos 7 totalmente sozinha. Admiro a Annabeth porque sendo uma filha da sabedoria, ela odeia perder e usa toda e qualquer artimanha que tem pra se sobressair (vemos isso bem claramente). Uma filha da guerra. Ela não hesita porque não tem "poderes legais" como todos os outros semideuses.
"Você tem a sua inteligência, uma voz disse."
Os outros personagens também têm seu grau de importância, claro. Treinador Hedge cantando trechos de músicas muito velhas sendo o principal deles, claro. Me deu muita raiva do Percy quando ele gritou com o Leo no começo, raiva de verdade.  Mas Percy e Frank formam uma ótima dupla, os descendentes de Poseidon. Gostei muito da denúncia disfarçada que o Rick Riordan fez quando eles dois vão naquele parque aquático. Animais enormes confinados em espaços minúsculos, sobrevivendo infelizes, mal se importando em comer; infelizmente não é muito diferente da realidade. Às vezes não tem opção a não ser tirar os animais do seu ambiente natural, mas pelo menos eles podiam ser tratados com mais dignidade por nós.

Jason é ótimo quando está acordado, e Piper melhor ainda (não). Não odeio eles como muita gente diz, até acho que se merecem. Eles não são inúteis, vamos dizer que o talento deles é escondido, isso. Talvez a Piper não fosse tão odiada se ela não ficasse o tempo todo olhando aquela faca, e aprendesse a pelo menos se defender numa luta. Nos poucos momentos em que aparece, Reyna deixa claro que a hora do Acampamento Meio-Sangue está para chegar. Não é mais uma coisa que ela pode controlar. Ao mesmo tempo, Gaia está acordando do seu sono e ela está com dia e hora marcados para começar um pandemônio na vida dos deuses e seus filhos do jeito que só a mãe terra conseguiria fazer. Usando a frase de Nêmesis:
"Eu sou chamada de Nêmesis em grego e romano. Eu não mudo, porque a vingança é universal."
A vingança é universal.  Eu não sei se alguma vez eu já vi um viilão que pelo menos ensaiasse o que Gaia promete ser. No fim das contas, todos são descendentes dela. Tudo o que os deuses construíram por milênios foi sobre a superfície do planeta Terra (nome romano de Gaia), apenas porque ela estava adormecida. No passado, titãs e deuses a fizeram sofrer muito, mas agora? Agora tudo e todos vão sofrer a fúria da mãe de todas as coisas. So tem uma palavra pra descrever o que vem por aí: Caos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário