quarta-feira, 31 de julho de 2013

Top 10 de Terça: Morte

Macabra? Melancólica? Ou misteriosa? Varia de caso para caso, mas a morte nunca é uma coisa fácil de lidar. Hoje eu procurei trazer livros que girassem em torno não de um quem matou fulano(a), mas da morte em si. Alguém ficou curioso? Pois aí vai:

10 - A Divina Comédia
Um poema épico do italiano Dante Alighieri que narra a jornada dele mesmo, como personagem principal, através da outra vida. É dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Inclusive, a simbologia do número 3 é bastante explorada por esse livro: cada uma das três partes é dividida em 33 cantos, dentre muitas outras coisas. Talvez não seja tão conhecido ou lido atualmente, mas não podia ficar de fora sendo um grande clássico.





9 - E se Fosse Verdade
O próprio título já antecipa a descrença diante de uma situação tão estranha. Existem diferenças entre o livro e o filme de mesmo nome. Depois de sofrer um acidente, Lauren (no filme é Elizabeth) fica em coma mas o seu espírito permanece e só Arthur (que no filme é David) pode vê-la. Depois de viverem muitas coisas juntos, ela consegue voltar à vida mas não lembra dele, apesar de o final deixar a entender que vai. Contudo, no livro algumas situações poderem ser clichês e o romance parecer que está acontecendo rápido demais.


8 - Os 13 Porquês
Um belo dia, voltando da escola, Clay Jensen encontra em sua porta um pacote com o nome dele. Eram os últimos registros de uma suicida. Hanna Baker, sua colega de classe e antigo interesse amoroso que recentemente cometeu suicídio, deixou 7 fitas cassetes explicando os 13 motivos que a fizeram se matar,ou melhor, as 13 pessoas. Clay é uma delas. Agora ele deve ouvir tudo para descobrir como contribuiu para esse trágico evento. Os motivos talvez possam parecer um pouco fúteis, mas colocados todos juntos, convencem o leitor da depressão que fez Hanna tirar a própria vida.

  
7 - Uma Vida Interrompida 
Com o subtítulo Memórias de um Anjo Assassinado, mas talvez muita gente conheça se eu citar o nome do filme, Um Olhar do Paraíso. Susie Salmon, "salmão, como o peixe", era uma jovem de 14 anos que amava fotografia e tinha sonhos suficientes para uma vida longa e feliz, até ser assassinada brutalmente. Ela observa a todos da família do Paraíso, a quem tenta confortar a respeito de sua morte e livrá-los de tanto sofrimento. Segundo quem leu, é lindo e triste na mesma extrema medida.



6 - Veronika Decide Morrer
Um título bem sugestivo. Veronika é uma jovem eslovena, que, cansada de viver uma vida sem sentido, resolve se suicidar com uma overdose de calmantes. A tentativa falha, mas ela é internada numa clínica e informada de que vai ter poucas semanas de vida. Mas lá conhece Eduard, um jovem esquizofrênico que não conversa com ninguém. E também tem adaptação para o cinema. Sem dúvida uma leitura que nos faz refletir sobre os rumos da nossa vida (e o autor é nacional!)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Resenha: Fome (Gone #2)

Fome (Hunger), de Michael Grant. (Livro 2 da série Gone)
Ano: 2011
Editora: Galera Record
Sinopse: Já se passaram três meses desde que todos os menores de quinze anos ficaram presos na bolha conhecida como o LGAR. As coisas só pioraram. A comida está acabando, e as crianças cada dia mais estão a desenvolvendo habilidades sobrenaturais. Logo ocorrerá tensão entre aqueles com poderes e os sem poderes, e poderá ocorrer uma tragédia indescritível, irrompendo o caos. Normais contra os mutantes, e uma batalha com rumo sangrento. Mas há algo escondido que é mais perigoso. Uma criatura sinistra conhecida como a Escuridão começou a chamar os sobreviventes do LGAR. Ela precisa de seus poderes para sustentar a sua própria existência. Quando a Escuridão chama, alguém vai responder – com consequências fatais. 

Então: tenho que dizer que eu também gostei muito desse livro, assim como do anterior. Vagamente imaginava que ia ter uma revanche por parte de Caine, e minhas expectativas foram superadas muito além do que eu podia pensar. A história alcançou outro nível. 

O que eu mais achei interessante, logo de cara, foi a exposição dos personagens. O que era bulimia, virou bulimia e anorexia com sérios riscos de depressão. Álcool se espalhando como água. Garotos de 7 anos fumando cigarros de maconha e tentando parecer "maneiros". Os heróis das crianças, os que foram importantes na Batalha do Dia de Ação de Graças, não tão heroicos assim.
"Agora, no mundo do LGAR, Lana era uma espécie de santa. Mas ela sabia que não."
Agora Sam sabe que não é muito divertido ser o líder de 332 crianças - ou melhor, 331 logo - quando você tem que ser na verdade o pai delas. Me frustrei tanto quanto ele, quando via que ele estava tentando colocar alguma ordem, tentar pelo menos organizar já que não podia melhorar a situação, e as crianças agiam, bem, como crianças. Os mais velhos nem se importavam muito, porque sabiam que enquanto houvesse alguma comida, o bondoso Sam não deixaria eles morrerem de fome. E o melhor de tudo: qualquer coisa que aconteça, a culpa é dele.
"Mas Sam era o cara que tomava decisões. Ganhar ou perder, certo ou errado. Vida ou morte."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Top 10 de Terça: Coadjuvantes

Essa ideia genial de hoje eu vi no blog Livros em Série e gostei tanto que resolvi trazer pra cá também. Aí vai uma das novidades que eu queria apresentar pra vocês: como o próprio nome diz, toda terça feira eu vou postar um top 10 de alguma coisa relacionada a livros. Livros relacionados a um determinado tema, tipos de conteúdo, personagens, enfim qualquer coisa. São muitas possibilidades. Com essa tag, coluna, série de reportagens do fantástico (não sei como chamar) eu espero trazer coisas novas pra mim e pra vocês. Sim, porque não tem como só fazer de livros que eu já tenha lido, então eu espero acabar descobrindo muitos outros no processo, e claro, mostrando aqui. Às vezes me dá vontade de fugir um pouco do tipo de livros que eu geralmente leio mas eu não sei o que ler, então quero que esses posts possam nos mostrar coisas novas.

Já pra começar, o tema de hoje é: os coadjuvantes! não simplesmente personagens secundários, mas personagens que roubaram a cena. Melhores amigos, fiéis escudeiros, não importa a relação que eles têm com o protagonista, mas eles se tornam às vezes mais carismáticos do que o herói principal. Vamos a eles:


10 - Michael
A ideia do livro Starters, da Lissa Prince, é fantástica; o livro em si, nem tanto. Uma grande parte disso se deve aos personagens "principais". Callie, de 16 anos e seu par romântico (eu usei esse termo de novela de propósito) que é Blake, da mesma idade. Enquanto Callie aproveita a vida de falsa rica com passeios a cavalo, almoços ao ar livre e piqueniques, Michael fica com o irmão dela de 6 anos morando num prédio abandonado e se defendendo dos bandidos de rua. Ele é alguém com o pé no chão e que faz as coisas quando devem ser feitas.




9 - Cam Briel
Eu nunca li Fallen, mas o que não falta nesse mundo são histórias espinhentas sobre o casal Luce e Daniel. Cameron, ou Cam como é chamado, não é exatamente o vilão principal, (está mais para anti-herói, me disseram) mas o jeito de malvado e a presença intimidante devem fazer uma diferença assombrosa no livro no meio dos devaneios de uma adolescente apaixonada.                                                              




8 - Vee Sky
Outra série que eu nunca li. Mas pelo que eu soube (e eu andei pesquisando), Nora e Patch não são assim tão melosos (especialmente Patch). A clássica amiga maluca da protagonista quieta, Vee é uma máquina de roubar a atenção. Começando logo pelo nome (eu notaria ela em qualquer lugar com esse nome). Gosta de Donuts, vive de dietas e mais dietas, cabelo loiro, sem dúvida tinha tudo pra ser uma líder de torcida metida, mas em vez disso ela odeia a inimiga de sua amiga Nora.  

7 - Gato Risonho
Tudo bem que o nome dele é Gato de Chesire, mas foi com o "apelido" de Gato Risonho que ele ganhou o mundo de 1865 até hoje. Talvez no filme de Tim Burton o Chapeleiro pareça muito mais interessante, mas eu senti que o gato roubou a atenção mesmo nas poucas cena que tem no livro. E não é fácil se destacar em um livro com tantos personagens no mínimo inusitados. Além do sorrio único, claro, uma de suas marcas registradas é a frase: "Somos todos loucos aqui."



                                         6 - Ridley Duchannes
Chegar na frente de um time de basquete da escola num Mini Cooper conversível, blusa quase transparente, mecha rosa no cabelo loiro e saia mostrando as pernas de fazer inveja a qualquer líder de torcida é pra poucas. Mas fazer isso tudo com uma tatuagem tribal por baixo da roupa, piercing no umbigo, de óculos escuros e chupando um pirulito é privilégio apenas da Ridley. Ethan e Lena  não são nem um pouco sem sal, mas Ridley seduz tudo e todos quando aparece e ela sabe disso. "Você está olhando para A prima. O resto são apenas crianças que minha mãe teve depois de mim."

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Resenha: A Marca de Atena


A Marca de Atena, de Rick Riordan.
Ano: 2012 (EUA)/2013 (Brasil)
Editora: Intríseca
Sinopse: Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy - após seis meses afastados por culpa de Hera -, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável.Os problemas de Annabeth não param por aí - ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte. O que mais Atena poderia querer dela?


Eu fiz essa resenha só porque deu vontade mesmo. Eu li esse livro bem recentemente, uns dias atrás, apesar de todo mundo já ter lido e relido e a continuação dele estar quase pra sair, já. Bem, se vocês gostarem ou não, sintam-se livres pra comentar ali em baixo, pela conta do Google, do Facebook, ou em anônimo, caso queiram revelar algo polêmico (garanto que vai ser bem vindo). Então aí vai.

Confesso que nos primeiros capítulos eu não sabia bem o que esperar. Claro que tinha uma profecia guiando eles, mas eu sabia que qualquer coisa podia acontecer. No primeiro momento eu estranhei um pouco os personagens, pelo tempo que eu não tinha contato com eles, mas também porque a cada livro eles vão mudando. A Annabeth esquecendo de tudo e de todos, da tensão da chegada ao acampamento Júpiter pra babar no corpo do Percy, o qual ela faz questão de descrever bem, me deixou encabulado.  Mas ela vai ter os méritos também.
"Annabeth sabia algo sobre ser orgulhosa. Esta era sua falha fatal também."
Nesse livro, os casais funcionam da seguinte forma: Percy & Annabeth, Jason & Piper, Hazel & Frank, Leo. O sétimo. O sem par. O que nunca vai poder ser como os outros, como ele é bastante tentado a acreditar. Mas nós vemos um grande esforço dos personagens para terem uma união. Não é só a vida deles que está dependendo de cada um dos outros seis, é o mundo todo, a continuação da existência da ordem no Universo.

Leo foi um personagem que eu não sabia que me identificava tanto. O mistério da relação dele com Hazel finalmente foi revelado e eu achei muito interessante. Dos 7 da profecia acho que ele foi quem teve a vida mais manipulada pela Hera/Juno. Quer dizer, manipular gerações e gerações... O preço que ela vai pagar deve ser horrível. Mas eu gostei mais ainda do Leo nesse livro. O cara chega a criar o #TeamLeo. Ah, todo mundo gosta do Bad Boy Supremo, mas o que eu não tinha percebido foi como ele fica exposto, seja pra salvar os amigos ou o navio, seja pela confusão que ele sente por dentro. E pra piorar a culpa que ele sente, ainda mais coisas começam a acontecer e tudo fica nas costas dele.
"Leo não tem a intenção de ser mau, ele só tem uma boca grande."

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Resenha: Gone



Gone: O Mundo Termina Aqui, de Michael Grant. Ano: 2008

Sinopse: Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes e crianças. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. Não há como descobrir o que aconteceu, nem como conseguir ajuda. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos — poderes inimagináveis, perigosos, mortais —, que ficam mais evidentes a cada dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado e a guerra é inevitável.





Olá todo mundo! Em primeiro lugar eu queria dizer que tirando os trabalhos de Iracema e O Crime do Padre Amaro que eu fiz pra escola, essa é a primeira resenha que eu escrevo, então vamos ver no que dá.
Bem, antes da história propriamente dita o livro conta com dois mapas, um das ruas da cidade da história e o outro de toda a área cercada pela misteriosa barreira que aparece do nada. A narração é em terceira pessoa e de cara já começa com um fato nada comum na escola da cidade de Praia Perdida. 
"NUM MINUTO O professor estava falando sobre a Guerra Civil. No minuto seguinte, desapareceu."

É a primeira frase do livro. Simples assim. Não demora muito tempo até os alunos perceberem que todos os professores e alunos mais velhos tinham sumido e a confusão tomar conta do local. Sam Temple, o protagonista, Quinn Gaither, seu "melhor e provavelmente único amigo", e Astrid Alliston, ou Astrid Gênio, como ela é conhecida,se juntam e descobrem que todos com 15 anos ou mais desapareceram. Logo, a organização do ambiente escolar passa a vigorar na cidade: os fortões mandam, e os fracos obedecem. Tristes destes últimos, que assim como os leitores, pensam que os valentões vão ser seus piores problemas.
Até que chegam - em uma carreata triunfal - os alunos da Academia Coates. Ricos e engomadinhos, encabeçados por Caine, Diana e Drake eles rapidamente eles se aproveitam da situação de pânico e domam os valentões, assumindo o controle da cidade. Um elemento distópico é bem sutil, mas está aí: quantas vezes nós não somos criancinhas assutadas esperando que os governantes passem a mão na nossa cabeça e nos digam que está tudo bem?
Temos alternância do ponto de vista, acompanhando personagens que à primeira vista não têm ligação com os acontecimentos, mas que com o tempo vamos vendo que são peças cruciais. Uma coisa notável no livro é o modo como os personagens são bem construídos e tão bem entrelaçados que parecem reais. As personalidades deles são realistas. Ao longo da história, não tem sequer um deles que não cometa um erro por causa de seus defeitos, e eles são bem visíveis.

Além do mais, todos os personagens são fortes; não tem aquele peso morto. Cada um deles acaba tendo um papel de ajudar na história que mais cedo ou mais tarde se revela. Até porque essa é uma característica marcante do livro: depois que se define os que lutam pelo bem e os que lutam pelo mal, o espírito de comunidade é muito forte. Tenho que dizer que os vilões são incríveis. Como o resto dos personagens principais de Gone, às vezes é estranho imaginar que eles têm só 14 anos. Vou usar a frase da Diana:
"Drake é doente da cabeça. Não digo isso para amedrontar, estou dizendo por que é verdade. Eu sou má, Caine tem delírios de grandeza, mas Drake é completamente louco."
Aliás, ela tem as melhores frases do livro. Extremamente calculista e manipuladora, é ainda mais perigosa do que parece. E Drake, fora do juízo, lentamente desponta como uma ameaça tão forte quanto o próprio Caine. As coisas chegam ao ponto de ambos os lados se prepararem para uma guerra pelo controle da cidade. Acontecem algumas cenas chocantes, visto a idade dos personagens.
"Pessoas apavoradas faziam coisas apavorantes, até mesmo crianças."

Página 1


Não, não se preocupem que as postagens não vão ser numeradas como se fossem páginas (quem ia aguentar isso?). Foi só pra entrar no clima. Como vocês podem ver lá em cima no "quem sou eu", meu nome é Matheus e eu vou escrever nesse blog pra qualquer um que quiser ler (eu não consegui falar isso de um jeito menos óbvio). Mas, vocês sabem de onde vem o nome de blog? É do livro árabe As Mil e Uma Noites. Uma coleção de contos narrados pela jovem Sherazade que, para salvar seu país, se oferece pra ser esposa do sultão (rei) que estava se casando com as mulheres e depois matando elas, uma por noite. As histórias que Sherazade leu e agora passa a contar, fascinam tanto o sultão que ao final das histórias ele se torna um homem mais sábio e um governante muito melhor. Vêem? Os livros não só salvaram a vida dela, mas também ajudaram transformar todo um país. Foi a primeira e única coisa que eu precisei pensar pra o título desse blog.

Porque é isso que os livros fazem, não é? Não importa qual seja o livro que eu leia, eu procuro tirar o melhor dele. A gente pode aprender a partir das coisas mais inesperadas. E se uma coisa que acontece no livro, mesmo que seja mostrada como certa, me parece estranha ou errada, já me serve como um lembrete de que aquilo não é bom. Por isso eu acho que os livros sempre acrescentam.

Não é de hoje que eu gosto de ler, mas a ideia de um blog sempre pareceu muito sem noção. Eu tinha entrado de férias e tava com sede de começar a lista de livros que tinha se acumulado tanto desde o começo desse ano. Aí eu comecei a ler um depois do outro, mas ainda não parecia suficiente. Então a ideia do blog pareceu ideal. E é isso. Sempre vai ter as resenhas dos livros que eu for lendo e provavelmente de outros que eu já li, mas fora isso eu tenho algumas ideias que eu vou mostrar logo logo (porque o blog não precisa ser  de resenhas). Espero que possa ser bom... Até.