sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dicas para ler livros em Inglês


Depois de Under The Never Sky eu gostei desse negócio de ler em inglês e tenho até uns em mente. Aí eu percebi que muita gente também diz que tem vontade de ler em inglês mas acha que não vai entender nada, ou até tenta mas desiste logo. Enfim, realmente tem muitas dificuldades. Tem muitas dicas boas na internet sobre esse assunto, mas com essa leitura eu percebi muita coisa que eu não tinha visto ninguém falar antes, então resolvi compartilhar aqui, porque se deu certo comigo quem sabe não dê certo com mais alguém. Aí vai:

1 - Escolher o livro
Primeiro, a maioria das pessoas vai recomendar que um iniciante comece por ler um livro que ele já leu em português, já que ele vai saber da história e do estilo do autor. Eu não diria. Só recomendo fazer isso se for um livro que você já tenha lido há algum tempo e esteja realmente com muita vontade de reler. Porque pense bem, se juntar as dificuldades da leitura com a falta de estímulo por lembrar de praticamente tudo que acontece... As chances de desistir são muitas. Eu não fiz assim e deu muito certo. E também, em vez de começar logo pelos épicos de fantasia medieval, ficção científica ou clássicos do século passado (esses grupos sempre tem uma linguagem mais particular), um livro mais "simples" e atual de qualquer tema que você tenha afinidade deve servir.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Top 10 de Terça: Estrelas

E aí meu povo? De volta com o top 10 de terça que agora vai acontecer uma semana sim, outra semana não. E o tema de hoje foi um que eu vinha pensando e desenvolvendo desde o início, mas me surpreendi com tanta variedade de histórias, desde romances até fantasia e suspense, que estão relacionados com o tema estrelas. Como essas aqui:

10 - A Cidade e as Estrelas
O livro é bem antigo, mas a proposta e a narrativa parecem ser daquelas que não envelhecem. Inclusive, só pela sinopse já achei parecido com Under The Never Sky. A o que restou da humanidade está confinado em uma única cidade, onde as pessoas são praticamente imortais mas estão presas, impedidas de sair. Mas um jovem não se conforma com isso: ele quer saber o que tem lá fora. Essa vontade de descobrir e de viver de Alvin, o primeiro em bilhões anos a sequer se questionar sobre esse modo de vida, devem dar uma história e tanto.
9 - A Estrela
Nesse aqui a coisa já é diferente. O Linde (a Terra) não é mais a mesma, e agora passa por constantes transformações físicas. No início do livro está passando por uma Ferida, um abismo que cresce a cada dia. Quando um garoto se perde, Lan está determinada a salvá-lo, até que se depara com um Caminhante da Estrela, que está com o menino. Tempos depois o dois vão se juntar porque descobriram um jeito de salvar o mundo. Dizem que tem um final trste... Também me interessei por esse luvro por encontrar algumas semelhanças com Never Sky. E a lista só cresce.
 8 - A Maldição do Titã
Nem preciso explicar muito né? O terceiro volume da série Percy Jackson me deixou doido de pedra na época que lançou, acho que eu li esse livro umas 4 vezes, quem sabe mais até. Tem uma personagem nesse livro, a Zoë, que só precisou de umas falas pra me conquistar totalmente. Ela é importante na trama e veio diretamente da época da mitologia clássica.Arrisco dizer que ela é um Professor Snape: não é muito simpática, mas depois que a gente descobre certas coisas... E aquele final... E ainda tem a frase que fez esse livro vir parar aqui:
"- As estrelas - sussurrou ela. - Posso ver as estrelas novamente, minha senhora."




 7 - A Culpa é das Estrelas
É bem difícil dizer qual é a relação desse livro com o tema estrelas já que eu não li, mas de uma coisa eu já sei: a referência do título. Da obra Julius Caesar (Júlio César) de Shakespeare, a frase marcante: "A culpa, caro Brutus, não é de nosas estrelas, mas de nós mesmos, que somos subordinados." Querendo dizer que cada um faz o próprio destino. Mas eu tenho certeza de que isso deve ser explorado de uma forma criativa na história. Não li, mas por tudo o que eu já vi afirmo com certeza que esse aqui é tão profundo e inspirador quanto as próprias estrelas.



6 - A Hospedeira
Esse aqui não traz o tema estrelas como algo bonito e filosófico, não. Invaores extraterrestres vindos de sistemas solares distante tomam o controle da raça humana, esse é o grande presente que as estrelas nos dão. A narrativa se desenvolve a partir de uma hospedeira humana que resiste à invasão de sua mente, e a alienígena, Peregrina/Wanderer que apesar de meio sonsa incrivelmente me fez gostar dela também. Não é uma leitura fácil, todo mundo vai afirmar isso, a escrita é cansativa mas a ideia é realmente de tirar o fôlego.




5 - Todas as Estrelas do Céu
Um casal de irmãos adotivos que se apaixona? Parece confuso o suficiente pra vocês também? Pois é... Caroline, a filha biológica, e Leandro, o adotivo, foram criados desde muito jovens com igual amor e carinho pelos pais. Mas com as confusões e dúvidas da adolescência, um procura apoiar o outro. Quando a relação ultrapassa a barreira da irmandade, eles lidam com a questão de admitir isso para os pais, para a sociedade e o principal e mais terrível: para eles mesmos.






4 - A Estrela do Mal
Esse é o segundo volume da série O Poder dos Cinco. Matthew Freeman vai tentar tentar impedir que demônios banidos há muito tempo por 5 crianças sejam trazidos de volta. Agora, ele é uma das crianças escolhidas para lutar contra os Antigos mais uma vez. Na América do Sul, ele vai contar com a ajuda de outro dos 5 e uma tribo de guerreiros incas. Parece uma aventura cheia de perigos com a clássica luta do bem contra o mal se desenrolando cada vez mais sangrenta.






3 - A Primeira Estrela que Vejo é a Estrela do Meu Desejo
Um título grande para um livro infelizmente bem pequeno... Essa é a reunião de 5 histórias indígenas que, segundo o autor, são feitas para serem lidas com o coração. A impressão que eu tive é que são contos folclóricos com aquela atmosfera fantástica, mas muito bonitos, e sinceramente fiquei com vontade de ler.







2 - O Mistério da Estrela
Ainda bem que eu não posso falar muito dele aqui, se não ia perder o controle. Stardust gira em torno de um rapaz, Tristan, que para agradar uma moça que queria namorar, promete a ela ir buscar a estrela cadente que tinha acabado de cair naquela noite. Os personagens são tão convincentes que eu já torcia para eles desde o começo. Não se enganem pelo filme ou pela história aparentemente infantil; nesse livro você se perde totalmente entre a fantasia e o suspense, é a dosagem perfeita e viciante de um conto de fadas e uma história de terror.




1 - O Homem que Calculava
Poderia ser confundido com um livro didático de matemática, tamanha a inteligência de Beremiz, o calculista. O curioso é que o livro é narrado em primeira pessoa pelo viajante Hank, que se torna melhor amigo do protagonista. Algumas explicações ilustradas de cálculos eu realmente pulei, mas outras são até interessantes. Ele cita um matemático que era tão apaixonado pela perfeição da astronomia que quando ficou cego, preferiu se matar a ficar sem ver o céu. Tem muitas histórias encantadoras. Mas fora isso e outras coisas, o primeiro lugar merecido veio por causa dessa frase:
"Diante dos nossos olhos pasmados, as estrelas são uma caravana  luminosa a desfilar pelo deserto insondável do infinito."

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meta de férias

  Ei, quanto tempo hein?! Não? Pois eu achei. Mas como o novo layout do blog já ficou pronto, agora eu vou regularizar as postagens. Então, essa aí do lado é minha lista de livros, minha velha amiga desde o começo desse ano. Essas manchas aí são os livros que eu desisti de ler, e fiz questão de não querer mais lembrar quem eles são, por isso estão irreconhecíveis. Os que estão pintados de lápis de cor azul são os que eu li nessas férias, menos A Hospedeira porque eu risquei ele sem perceber. Sob o Céu do Nunca, que eu acabei lendo em inglês - Under The Never Sky, eu estava querendo há um tempão, ainda bem que consegui ler logo, porque é realmente bom. A Marca de Atena é outro que todo mundo que acompanha a série já tinha até esquecido os detalhes, e eu lá todo empolgado lendo pela primeira vez... Sobre Gone e o segundo livro da série, Fome, eu nem preciso comentar muito, só que foram leituras alucinantes nessas férias; eu planejava ler os três primeiros mas parei pra dar uma respirada. O último é A Revolução dos Bichos, que eu li em um dia só, na última semana de aulas já em clima de férias. É um daqueles livro complexos e muito marcantes disfarçados de historinhas infantis, como O Pequeno Príncipe, mas A Revolução dos Bichos traz reflexões sobre mentiras, manipulação e poder.

O que eu estou lendo agora é A Corrida de Escorpião, que por sinal é ótimo apesar de eu ter parado ele há dias... Mas quero voltar hoje ainda. Predestinados foi um ato de desespero quando eu queria tanto ler algo relacionado a mitologia que coloquei ele aí, mas quem sabe um dia eu comece a ler mesmo pra ver como é. Odd e Os Gigantes de Gelo, e O Livro do Cemitério são dois de Neil Gaiman que eu me interessei muito, e quero ler outras obras do autor já que gostei tanto de Stardust. Quatro Amigos é uma "road trip" de um grupo de jovens em seus conflitos na passagem da juventude pra o mundo adulto, fiquei com vontade. E finalmente Clube da Luta, que sem querer eu vi o spoiler chave do livro em uma resenha (nem lembro qual) mas mesmo assim ainda quero ler, tem cara de ser daqueles que joga com a mente do leitor. E é isso; os outros na ordem de baixo para cima são os que eu quero ler até o fim desse ano, se der. E lembrando que minha lista é muito bem organizada, se você tiver um pouco de compreensão e der uma chance de entendê-la! Até

sábado, 3 de agosto de 2013

Resenha: Under The Never Sky

Never Sky - Sob o Céu do Nunca (Under The Never Sky)
Autora: Veronica Rossi
Ano: 2012 (EUA)/2013 (BRA)
Editora: HarperCollins (EUA)/Prumo (BRA)
Sinopse: Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás.
Neles se pode fazer qualquer coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor, sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.

Quanto tempo hein! Não? Pois pra mim foi! Eu demorei nesse livro por que primeiramente apareceu muita coisa esses dias, sempre atrapalhava a leitura, e segundo e principalmente (eu acho), porque eu li em inglês, e esse é o motivo de os dados do ali em cima falarem sobre os dois países. Por isso também, em relação aos quotes, vou postar eles em inglês com a tradução livre sem compromisso e etc. do lado, ok? Mas achei a capa brasileira incomparavelmente mais bonita. Aliás, a autora é brasileira, apesar de morar nos EUA! Mas então, vamos aos finalmentes:

Desde o começo do ano passado eu queria ler esse livro, e não me decepcionei. Vamos dizer que começa com Aria quebrando as regras, indo a um local proibido para tentar falar com sua mãe que está em outra cidade, outro núcleo. Fora da segurança do núcleo e com os alarmes desativados, Soren (Filho de um chefão do local) acaba provocando um incêndio, o que basta para deixá-los descontrolados. Árvores, fogo, nada disso eles já tinham visto de verdade, só virtualmente, tamanho é o isolamento em que eles vivem. O lugar que eles vão está destruído por uma tempestade de Éter, o que a autora não explica bem o que é, nem tem muito para explicar. Éter é a substância que os antigos acreditavam preencher o Universo. Nesse caso aqui, ele cai como relâmpagos muito mortais.
"Fire and water, come together in the sky." - "Fogo e água, juntos no céu."
Aria é salva da morte por pouco, mas graças a uma coisa que não acontecia a muito tempo: um invasor. Um selvagem. Não demora para sabermos quem ele é. Peregrine, ou Perry, teve suas razões para se esgueirar para dentro de um Núcleo, e consegue escapar de volta, mas a culpa do ato dele recai para cima de Aria. Fora a escrita muito bem fluída, eu diria que esse é o ponto mais forte da narrativa; a alternância de pontos de vista (POVs), em terceira pessoa, entre os dois protagonistas. Temos uma visão mais dinâmica da história, o que é fundamental. Porque eles têm suas próprias trajetórias e problemas para resolver antes de se juntarem. Nas primeiras páginas, os pontos de vista do Perry são bem mais interessantes que os da Aria. Você pode até chegar a confundir esse livro com um daqueles que a protagonista é uma donzela em perigo e o protagonista é o brutão misterioso que vai salvá-la e eles vão viver uma paixão ardente.

Mas a distribuição dos POVs é perfeitamente equilibrada. Vemos tanto da vida de Perry quanto da de Aria; ele é irmão do Soberano de Sangue (Blood Lord) de uma tribo, e Talon é a pessoa que ele mais ama no mundo. A vida de Perry é bem mais difícil do que viver de ambientes virtuais. A tribo é um lugar com cara de idade média mas a vida lá é bem parecida com a de homens das cavernas. Esse contraste de mundos é fantástico. O sobrinho de Perry, Talon, é raptado por guardas de uma cidade, e aí as coisas esquentam.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Top 10 de Terça: Morte

Macabra? Melancólica? Ou misteriosa? Varia de caso para caso, mas a morte nunca é uma coisa fácil de lidar. Hoje eu procurei trazer livros que girassem em torno não de um quem matou fulano(a), mas da morte em si. Alguém ficou curioso? Pois aí vai:

10 - A Divina Comédia
Um poema épico do italiano Dante Alighieri que narra a jornada dele mesmo, como personagem principal, através da outra vida. É dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Inclusive, a simbologia do número 3 é bastante explorada por esse livro: cada uma das três partes é dividida em 33 cantos, dentre muitas outras coisas. Talvez não seja tão conhecido ou lido atualmente, mas não podia ficar de fora sendo um grande clássico.





9 - E se Fosse Verdade
O próprio título já antecipa a descrença diante de uma situação tão estranha. Existem diferenças entre o livro e o filme de mesmo nome. Depois de sofrer um acidente, Lauren (no filme é Elizabeth) fica em coma mas o seu espírito permanece e só Arthur (que no filme é David) pode vê-la. Depois de viverem muitas coisas juntos, ela consegue voltar à vida mas não lembra dele, apesar de o final deixar a entender que vai. Contudo, no livro algumas situações poderem ser clichês e o romance parecer que está acontecendo rápido demais.


8 - Os 13 Porquês
Um belo dia, voltando da escola, Clay Jensen encontra em sua porta um pacote com o nome dele. Eram os últimos registros de uma suicida. Hanna Baker, sua colega de classe e antigo interesse amoroso que recentemente cometeu suicídio, deixou 7 fitas cassetes explicando os 13 motivos que a fizeram se matar,ou melhor, as 13 pessoas. Clay é uma delas. Agora ele deve ouvir tudo para descobrir como contribuiu para esse trágico evento. Os motivos talvez possam parecer um pouco fúteis, mas colocados todos juntos, convencem o leitor da depressão que fez Hanna tirar a própria vida.

  
7 - Uma Vida Interrompida 
Com o subtítulo Memórias de um Anjo Assassinado, mas talvez muita gente conheça se eu citar o nome do filme, Um Olhar do Paraíso. Susie Salmon, "salmão, como o peixe", era uma jovem de 14 anos que amava fotografia e tinha sonhos suficientes para uma vida longa e feliz, até ser assassinada brutalmente. Ela observa a todos da família do Paraíso, a quem tenta confortar a respeito de sua morte e livrá-los de tanto sofrimento. Segundo quem leu, é lindo e triste na mesma extrema medida.



6 - Veronika Decide Morrer
Um título bem sugestivo. Veronika é uma jovem eslovena, que, cansada de viver uma vida sem sentido, resolve se suicidar com uma overdose de calmantes. A tentativa falha, mas ela é internada numa clínica e informada de que vai ter poucas semanas de vida. Mas lá conhece Eduard, um jovem esquizofrênico que não conversa com ninguém. E também tem adaptação para o cinema. Sem dúvida uma leitura que nos faz refletir sobre os rumos da nossa vida (e o autor é nacional!)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Resenha: Fome (Gone #2)

Fome (Hunger), de Michael Grant. (Livro 2 da série Gone)
Ano: 2011
Editora: Galera Record
Sinopse: Já se passaram três meses desde que todos os menores de quinze anos ficaram presos na bolha conhecida como o LGAR. As coisas só pioraram. A comida está acabando, e as crianças cada dia mais estão a desenvolvendo habilidades sobrenaturais. Logo ocorrerá tensão entre aqueles com poderes e os sem poderes, e poderá ocorrer uma tragédia indescritível, irrompendo o caos. Normais contra os mutantes, e uma batalha com rumo sangrento. Mas há algo escondido que é mais perigoso. Uma criatura sinistra conhecida como a Escuridão começou a chamar os sobreviventes do LGAR. Ela precisa de seus poderes para sustentar a sua própria existência. Quando a Escuridão chama, alguém vai responder – com consequências fatais. 

Então: tenho que dizer que eu também gostei muito desse livro, assim como do anterior. Vagamente imaginava que ia ter uma revanche por parte de Caine, e minhas expectativas foram superadas muito além do que eu podia pensar. A história alcançou outro nível. 

O que eu mais achei interessante, logo de cara, foi a exposição dos personagens. O que era bulimia, virou bulimia e anorexia com sérios riscos de depressão. Álcool se espalhando como água. Garotos de 7 anos fumando cigarros de maconha e tentando parecer "maneiros". Os heróis das crianças, os que foram importantes na Batalha do Dia de Ação de Graças, não tão heroicos assim.
"Agora, no mundo do LGAR, Lana era uma espécie de santa. Mas ela sabia que não."
Agora Sam sabe que não é muito divertido ser o líder de 332 crianças - ou melhor, 331 logo - quando você tem que ser na verdade o pai delas. Me frustrei tanto quanto ele, quando via que ele estava tentando colocar alguma ordem, tentar pelo menos organizar já que não podia melhorar a situação, e as crianças agiam, bem, como crianças. Os mais velhos nem se importavam muito, porque sabiam que enquanto houvesse alguma comida, o bondoso Sam não deixaria eles morrerem de fome. E o melhor de tudo: qualquer coisa que aconteça, a culpa é dele.
"Mas Sam era o cara que tomava decisões. Ganhar ou perder, certo ou errado. Vida ou morte."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Top 10 de Terça: Coadjuvantes

Essa ideia genial de hoje eu vi no blog Livros em Série e gostei tanto que resolvi trazer pra cá também. Aí vai uma das novidades que eu queria apresentar pra vocês: como o próprio nome diz, toda terça feira eu vou postar um top 10 de alguma coisa relacionada a livros. Livros relacionados a um determinado tema, tipos de conteúdo, personagens, enfim qualquer coisa. São muitas possibilidades. Com essa tag, coluna, série de reportagens do fantástico (não sei como chamar) eu espero trazer coisas novas pra mim e pra vocês. Sim, porque não tem como só fazer de livros que eu já tenha lido, então eu espero acabar descobrindo muitos outros no processo, e claro, mostrando aqui. Às vezes me dá vontade de fugir um pouco do tipo de livros que eu geralmente leio mas eu não sei o que ler, então quero que esses posts possam nos mostrar coisas novas.

Já pra começar, o tema de hoje é: os coadjuvantes! não simplesmente personagens secundários, mas personagens que roubaram a cena. Melhores amigos, fiéis escudeiros, não importa a relação que eles têm com o protagonista, mas eles se tornam às vezes mais carismáticos do que o herói principal. Vamos a eles:


10 - Michael
A ideia do livro Starters, da Lissa Prince, é fantástica; o livro em si, nem tanto. Uma grande parte disso se deve aos personagens "principais". Callie, de 16 anos e seu par romântico (eu usei esse termo de novela de propósito) que é Blake, da mesma idade. Enquanto Callie aproveita a vida de falsa rica com passeios a cavalo, almoços ao ar livre e piqueniques, Michael fica com o irmão dela de 6 anos morando num prédio abandonado e se defendendo dos bandidos de rua. Ele é alguém com o pé no chão e que faz as coisas quando devem ser feitas.




9 - Cam Briel
Eu nunca li Fallen, mas o que não falta nesse mundo são histórias espinhentas sobre o casal Luce e Daniel. Cameron, ou Cam como é chamado, não é exatamente o vilão principal, (está mais para anti-herói, me disseram) mas o jeito de malvado e a presença intimidante devem fazer uma diferença assombrosa no livro no meio dos devaneios de uma adolescente apaixonada.                                                              




8 - Vee Sky
Outra série que eu nunca li. Mas pelo que eu soube (e eu andei pesquisando), Nora e Patch não são assim tão melosos (especialmente Patch). A clássica amiga maluca da protagonista quieta, Vee é uma máquina de roubar a atenção. Começando logo pelo nome (eu notaria ela em qualquer lugar com esse nome). Gosta de Donuts, vive de dietas e mais dietas, cabelo loiro, sem dúvida tinha tudo pra ser uma líder de torcida metida, mas em vez disso ela odeia a inimiga de sua amiga Nora.  

7 - Gato Risonho
Tudo bem que o nome dele é Gato de Chesire, mas foi com o "apelido" de Gato Risonho que ele ganhou o mundo de 1865 até hoje. Talvez no filme de Tim Burton o Chapeleiro pareça muito mais interessante, mas eu senti que o gato roubou a atenção mesmo nas poucas cena que tem no livro. E não é fácil se destacar em um livro com tantos personagens no mínimo inusitados. Além do sorrio único, claro, uma de suas marcas registradas é a frase: "Somos todos loucos aqui."



                                         6 - Ridley Duchannes
Chegar na frente de um time de basquete da escola num Mini Cooper conversível, blusa quase transparente, mecha rosa no cabelo loiro e saia mostrando as pernas de fazer inveja a qualquer líder de torcida é pra poucas. Mas fazer isso tudo com uma tatuagem tribal por baixo da roupa, piercing no umbigo, de óculos escuros e chupando um pirulito é privilégio apenas da Ridley. Ethan e Lena  não são nem um pouco sem sal, mas Ridley seduz tudo e todos quando aparece e ela sabe disso. "Você está olhando para A prima. O resto são apenas crianças que minha mãe teve depois de mim."

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Resenha: A Marca de Atena


A Marca de Atena, de Rick Riordan.
Ano: 2012 (EUA)/2013 (Brasil)
Editora: Intríseca
Sinopse: Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy - após seis meses afastados por culpa de Hera -, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável.Os problemas de Annabeth não param por aí - ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte. O que mais Atena poderia querer dela?


Eu fiz essa resenha só porque deu vontade mesmo. Eu li esse livro bem recentemente, uns dias atrás, apesar de todo mundo já ter lido e relido e a continuação dele estar quase pra sair, já. Bem, se vocês gostarem ou não, sintam-se livres pra comentar ali em baixo, pela conta do Google, do Facebook, ou em anônimo, caso queiram revelar algo polêmico (garanto que vai ser bem vindo). Então aí vai.

Confesso que nos primeiros capítulos eu não sabia bem o que esperar. Claro que tinha uma profecia guiando eles, mas eu sabia que qualquer coisa podia acontecer. No primeiro momento eu estranhei um pouco os personagens, pelo tempo que eu não tinha contato com eles, mas também porque a cada livro eles vão mudando. A Annabeth esquecendo de tudo e de todos, da tensão da chegada ao acampamento Júpiter pra babar no corpo do Percy, o qual ela faz questão de descrever bem, me deixou encabulado.  Mas ela vai ter os méritos também.
"Annabeth sabia algo sobre ser orgulhosa. Esta era sua falha fatal também."
Nesse livro, os casais funcionam da seguinte forma: Percy & Annabeth, Jason & Piper, Hazel & Frank, Leo. O sétimo. O sem par. O que nunca vai poder ser como os outros, como ele é bastante tentado a acreditar. Mas nós vemos um grande esforço dos personagens para terem uma união. Não é só a vida deles que está dependendo de cada um dos outros seis, é o mundo todo, a continuação da existência da ordem no Universo.

Leo foi um personagem que eu não sabia que me identificava tanto. O mistério da relação dele com Hazel finalmente foi revelado e eu achei muito interessante. Dos 7 da profecia acho que ele foi quem teve a vida mais manipulada pela Hera/Juno. Quer dizer, manipular gerações e gerações... O preço que ela vai pagar deve ser horrível. Mas eu gostei mais ainda do Leo nesse livro. O cara chega a criar o #TeamLeo. Ah, todo mundo gosta do Bad Boy Supremo, mas o que eu não tinha percebido foi como ele fica exposto, seja pra salvar os amigos ou o navio, seja pela confusão que ele sente por dentro. E pra piorar a culpa que ele sente, ainda mais coisas começam a acontecer e tudo fica nas costas dele.
"Leo não tem a intenção de ser mau, ele só tem uma boca grande."

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Resenha: Gone



Gone: O Mundo Termina Aqui, de Michael Grant. Ano: 2008

Sinopse: Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes e crianças. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. Não há como descobrir o que aconteceu, nem como conseguir ajuda. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos — poderes inimagináveis, perigosos, mortais —, que ficam mais evidentes a cada dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado e a guerra é inevitável.





Olá todo mundo! Em primeiro lugar eu queria dizer que tirando os trabalhos de Iracema e O Crime do Padre Amaro que eu fiz pra escola, essa é a primeira resenha que eu escrevo, então vamos ver no que dá.
Bem, antes da história propriamente dita o livro conta com dois mapas, um das ruas da cidade da história e o outro de toda a área cercada pela misteriosa barreira que aparece do nada. A narração é em terceira pessoa e de cara já começa com um fato nada comum na escola da cidade de Praia Perdida. 
"NUM MINUTO O professor estava falando sobre a Guerra Civil. No minuto seguinte, desapareceu."

É a primeira frase do livro. Simples assim. Não demora muito tempo até os alunos perceberem que todos os professores e alunos mais velhos tinham sumido e a confusão tomar conta do local. Sam Temple, o protagonista, Quinn Gaither, seu "melhor e provavelmente único amigo", e Astrid Alliston, ou Astrid Gênio, como ela é conhecida,se juntam e descobrem que todos com 15 anos ou mais desapareceram. Logo, a organização do ambiente escolar passa a vigorar na cidade: os fortões mandam, e os fracos obedecem. Tristes destes últimos, que assim como os leitores, pensam que os valentões vão ser seus piores problemas.
Até que chegam - em uma carreata triunfal - os alunos da Academia Coates. Ricos e engomadinhos, encabeçados por Caine, Diana e Drake eles rapidamente eles se aproveitam da situação de pânico e domam os valentões, assumindo o controle da cidade. Um elemento distópico é bem sutil, mas está aí: quantas vezes nós não somos criancinhas assutadas esperando que os governantes passem a mão na nossa cabeça e nos digam que está tudo bem?
Temos alternância do ponto de vista, acompanhando personagens que à primeira vista não têm ligação com os acontecimentos, mas que com o tempo vamos vendo que são peças cruciais. Uma coisa notável no livro é o modo como os personagens são bem construídos e tão bem entrelaçados que parecem reais. As personalidades deles são realistas. Ao longo da história, não tem sequer um deles que não cometa um erro por causa de seus defeitos, e eles são bem visíveis.

Além do mais, todos os personagens são fortes; não tem aquele peso morto. Cada um deles acaba tendo um papel de ajudar na história que mais cedo ou mais tarde se revela. Até porque essa é uma característica marcante do livro: depois que se define os que lutam pelo bem e os que lutam pelo mal, o espírito de comunidade é muito forte. Tenho que dizer que os vilões são incríveis. Como o resto dos personagens principais de Gone, às vezes é estranho imaginar que eles têm só 14 anos. Vou usar a frase da Diana:
"Drake é doente da cabeça. Não digo isso para amedrontar, estou dizendo por que é verdade. Eu sou má, Caine tem delírios de grandeza, mas Drake é completamente louco."
Aliás, ela tem as melhores frases do livro. Extremamente calculista e manipuladora, é ainda mais perigosa do que parece. E Drake, fora do juízo, lentamente desponta como uma ameaça tão forte quanto o próprio Caine. As coisas chegam ao ponto de ambos os lados se prepararem para uma guerra pelo controle da cidade. Acontecem algumas cenas chocantes, visto a idade dos personagens.
"Pessoas apavoradas faziam coisas apavorantes, até mesmo crianças."

Página 1


Não, não se preocupem que as postagens não vão ser numeradas como se fossem páginas (quem ia aguentar isso?). Foi só pra entrar no clima. Como vocês podem ver lá em cima no "quem sou eu", meu nome é Matheus e eu vou escrever nesse blog pra qualquer um que quiser ler (eu não consegui falar isso de um jeito menos óbvio). Mas, vocês sabem de onde vem o nome de blog? É do livro árabe As Mil e Uma Noites. Uma coleção de contos narrados pela jovem Sherazade que, para salvar seu país, se oferece pra ser esposa do sultão (rei) que estava se casando com as mulheres e depois matando elas, uma por noite. As histórias que Sherazade leu e agora passa a contar, fascinam tanto o sultão que ao final das histórias ele se torna um homem mais sábio e um governante muito melhor. Vêem? Os livros não só salvaram a vida dela, mas também ajudaram transformar todo um país. Foi a primeira e única coisa que eu precisei pensar pra o título desse blog.

Porque é isso que os livros fazem, não é? Não importa qual seja o livro que eu leia, eu procuro tirar o melhor dele. A gente pode aprender a partir das coisas mais inesperadas. E se uma coisa que acontece no livro, mesmo que seja mostrada como certa, me parece estranha ou errada, já me serve como um lembrete de que aquilo não é bom. Por isso eu acho que os livros sempre acrescentam.

Não é de hoje que eu gosto de ler, mas a ideia de um blog sempre pareceu muito sem noção. Eu tinha entrado de férias e tava com sede de começar a lista de livros que tinha se acumulado tanto desde o começo desse ano. Aí eu comecei a ler um depois do outro, mas ainda não parecia suficiente. Então a ideia do blog pareceu ideal. E é isso. Sempre vai ter as resenhas dos livros que eu for lendo e provavelmente de outros que eu já li, mas fora isso eu tenho algumas ideias que eu vou mostrar logo logo (porque o blog não precisa ser  de resenhas). Espero que possa ser bom... Até.